Programa Mata Ciliar

Programa Mata Ciliar é apontado como destaque na área ambiental.

O programa Mata Ciliar, que já plantou mais de 85 milhões de mudas de espécies nativa no Paraná para recuperação da vegetação às margens dos rios, foi apontado por participantes da 3ª Reunião do Fórum Nacional de Órgãos Gestores de Recursos Hídricos como um dos grandes destaques na área ambiental. “Esse programa paranaense de reflorestamento da mata ciliar tem que ser copiado por vários Estados brasileiros. Gostaria de ver isso pelo País todo”, afirma o coordenador geral do Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, Lupércio Ziroldo.

E isso já vem acontecendo em alguns estados. Segundo José Ernesto Souto, da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba, o trabalho já foi replicado em seu Estado. “A recuperação da mata ciliar no Paraná é uma ação magnífica que já estamos implantando na Paraíba. A iniciativa paranaense serve de exemplo para o Brasil”, disse Souto.

O programa Mata Ciliar foi criado em 2004 e desde então vem plantando milhares de mudas a cada mês. “As primeiras mudas, plantadas nas barragens do rio Iguaçu, já se tornaram árvores de 60 centímetros de diâmetro e quatro metros de altura”, comentou o coordenador do programa, Paulo Roberto Caçola.

Com a recomposição da mata ciliar, muitos produtores já percebem o aumento da quantidade de água e na qualidade da produção. “Isso porque a vegetação promove o processo de filtragem dos resíduos agroquímicos, evitando que atinjam os cursos d’água”, dia Caçola. Em contrapartida, em áreas onde a mata ciliar é mínima ou inexistente, há um aumento significativo nas pragas das lavouras, levando prejuízos às propriedades rurais. “Outra conseqüência é a escassez de água. Sem vegetação não é possível a infiltração da água para os lençóis fluviais”, ressalta o coordenador.

O programa tem outros excelentes resultados: mais de 3,5 mil hectares semeados, implantação de quase 5 mil quilômetros de cerca para isolamento e recuperação natural das áreas e ainda 12 mil hectares abandonados em processo de regeneração.